sexta-feira, 28 de novembro de 2014

atividade 2 - Reflexão e Ação

NESTA ATIVIDADE VAMOS APENAS TRANSCREVER O RELATADO NO ENCONTRO PELO GRUPO. NÃO ESQUEÇAM DE COLOCAR O NOME DO GRUPO NO COMENTÁRIO
 
Reflexão e ação

O trecho abaixo foi retirado do livro Cartas a Théo, de Vincent Van Gogh. Nessa, são compiladas cartas que o pintor holandês enviou a seu irmão de 1875 até sua morte, em 1890.
 

CARTA Nº 195

A integração de conhecimentos no currículo depende de uma postura nossa, cada qual de seu lugar; o professor de Química, de Matemática, de História,  de Língua Portuguesa, etc. podem tentar pensarem sua atuação não somente como professores da formação geral, mas sujeitos que se dispõem a compreender e a agir no mundo, fazendo-o a partir da contribuição de seus    conhecimentos específicos, mas sempre em diálogo com o outro.
 

Haia, abril de 1882

Eis o que penso sobre o lápis de carpinteiro. Os velhos mestres, com o que teriam desenhado? Certamente não com um Faber B, BB, BBB, etc., etc., mas com um pedaço de grafite bruto. O instrumento do qual Michelângelo e Dürer se serviram provavelmente era muito parecido com um lápis de carpinteiro. Mas eu não estava lá, e portanto não sei de nada.
 

Sei, no entanto, que com um lápis de carpinteiro podemos obter intensidades distintas das destes finos Faber, etc. O carvão é o que há de melhor, mas quando se trabalha muito, o frescor se perde, e para conservar a precisão é preciso fixar sem demora. Para a paisagem é a mesma coisa; vejo que desenhistas com Ruysdaël, Goyen, Calame, e também Roelofs, por exemplo, entre os modernos, tiraram dele ótimo partido. Mas se alguém inventasse uma boa pena para trabalhar ao ar livre, com tinteiro, o mundo talvez visse mais desenhos à pena.

Com carvão mergulhado na água pode-se fazer coisas excelentes, pude ver isto com Weissenbruch; o óleo serve para a fixação e o preto torna-se mais quente e mais profundo. Mas é preferível que eu faça isto daqui a um ano e não agora. É o que digo a mim mesmo, pois não quero que a beleza se deva a meu material, e sim a mim mesmo.

Cartas extraídas do livro Cartas a Théo, L&PM Pocket, 1997, com tradução de Pierre Ruprecht. As eventuais incoerências linguísticas foram mantidas pela editora para se aproximar ao máximo dos escritos do pintor.
 

Estamos diante de um texto publicado na forma de livro, no qual o autor é um pintor, se referindo ao seu trabalho e aos instrumentos que tinha disponíveis na época. Refere-se a diferentes técnicas de pintura, à forma como a natureza pode ser captada a partir de cada uma delas e, ao mesmo tempo, já trazendo dúvidas sobre o papel do instrumento tecnológico na autoria da obra. Com base neste texto e no que discutimos anteriormente: 

1. Destaque as dimensões da cultura, do trabalho, da ciência e da tecnologia presentes nesse trecho da obra.
 

2. De que forma ele poderia ser incorporado como material para discussão em sala de aula? Em que contexto e com qual objetivo?
Havendo interesse, você poderá acessar todo o conjunto de obras de Van Gogh no site <http://www.vangoghgallery.com/catalog/>.

7 comentários:

marli disse...

O lápis representa a tecnologia em relação ao grafite.O óleo é a tecnologia mais avançada,mas o pintor não queria usar devido a sua cultura,talvez usasse mais tarde.No momento ele se realiza com aquilo que ele já está acostumado.
Trabalho é exercido pelo pintor.

Grupo:Marli,Daniel Sander,Sinésio,Kátia,Merilyn e Genilson.

Unknown disse...

Ao ler o texto em relação à carta a Théo de Vincent Van Gogh, no caso da disciplina geografia poderia ser trabalhado em sala de aula a dimensão da cultura que é valorizada por povos diferentes. Já na disciplina de ciências, quais os contextos geográficos e históricos ocorrem na evolução da ciência? E na dimensão da tecnologia, qual o papel da tecnologia na contemporaneidade? Vale ressaltar também a fundamental importância de desenvolver com os alunos as capacidades de um determinado contexto cultural, propondo uma análise de forma crítica de suas circunstâncias para que possamos também propor uma uso consciente e eficaz da tecnologia proposta, como ferramenta em termos de conteúdos os alunos, para que eles possam sugerir e criar novas tecnologias, realimentando suas praticas culturais.

Grupo: Genilson, Marli, Daniel Sander, Sinésio, Kátia, Merilyn.

Edmara disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Edmara disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Edmara disse...

Após a leitura da carta pudemos perceber na mesma que a cultura representa a resistência de Van Gogh em aderir a outras tecnologias, como no caso o óleo, mesmo sabendo que era melhor , tudo isso por causa da sua cultura, da sua vivência.
A tecnologia é representada pelas técnicas usadas por ele, como o carvão, a pena e o óleo.
O trabalho se mostra através do seu ofício ( mão de obra ), ou seja, ele era um artista que criava obras de arte e no campo da ciência vimos a evolução do carvão para o lápis.

GRUPO: ANA LUIZA, EDMARA, RENDERSON E SUELY.

Edmara disse...

De que forma ele poderia ser incorporado como material para discussão em sala de aula? Em que contexto e com qual objetivo?

A abordagem seria feita sobre um tema bastante atual: AVANÇOS TECNOLÓGICOS, que seria abordado sob perspectivas adequadas a cada disciplina.

ARTE > Técnicas de pintura, estudo da vida e obra de pintores famosos.

HISTÓRIA > Evolução histórica ( do homem )

PORTUGUÊS > Gênero textual ( carta ), figuras de linguagem ( metáforas )

QUÍMICA > Matéria ( nada se cria, tudo se transforma > carvão bruto se transforma no lápis )

GEOGRAFIA > Tipos de solo ( solo apropriado para cada tipo de cultura)

GRUPO: ANA LUIZA, EDMARA, RENDERSON, SUELY.

Valda Márcia de Sousa disse...

Caderno 4 - Atividade 2 - Reflexão e Ação - p. 27
A carta fala que com simples materiais, poderemos usar da criatividade e criar grandes coisas, com somente um pedaço de carvão ou um lápis. O texto fala de seu trabalho como pintor e os instrumentos que tinham naquela época. Nos dias de hoje, precisamos de olhar ao nosso redor, que material eu posso levar para o meu aluo, para que eu lhe dê a liberdade de criar, de pensar e de refletir. Deixar de lado as coisas prontas, como apertar um botão e tem as respostas. Assim poderemos descobrir os talentos, habilidades que desconhecemos de nossos alunos. O texto poderia ser aplicado em sala de aula, como por exemplo, para trabalhar a história do século XIX na Europa, em artes para explicar os movimentos artísticos ocorridos naquele século, em matemática para situar o tempo do ocorrido. Como discussão geral comparando as tecnologias da época com as modernas, analisando as vantagens e as desvantagens. Os conceitos estruturais, trabalho,cultura, ciência e tecnologia, podem se integrar no ambiente escolar quando o trabalho pedagógico utiliza a interdisciplinaridade no contexto de seus conteúdos, com o objetivo de tornar o trabalho pedagógico interligado e não passado sem sentidos em conteúdos isolados.

Professores: Alex, Claudia, Euler, Deleni, Gustavo, Ronaldo e Valda